Em Joinville (SC), proprietário da Beetêxtil - fábrica de roupas para esportes de alta performance - percebeu que fabricar máscaras reutilizáveis era a alternativa mais óbvia diante da falta das descartáveis no mercado. Para se diferenciar do mercado firmou parceria com a Heroyz, que destina seu lucro à manutenção das operações do Corpo de Bombeiros Voluntários, que não parou durante a pandemia. Em 15 dias de quarentena, foram confeccionadas 30.000 unidades e o faturamento foi o dobro de um mês inteiro antes da pandemia da COVID-19
Segundo o CEO voluntário da Heroyz e especialista em negócios com propósito, Eduardo Borba, quando o mercado deu sinais da falta de EPI (Equipamentos de Proteção Individual) e diante da necessidade de alternativas para gerar receita e manter a operação dos voluntários da Corporação, veio a ideia das máscaras. “Precisávamos de um parceiro que abraçasse a causa. Além disso, mostrar capacidade de envolver a todos, fazendo com que acreditem na ideia e garantam a entrega do que é esperado. Assim todos saem ganhando”, afirma.
As máscaras foram batizadas de HeroMask (a “Máscara dos Heróis).
Empresas e indústrias começaram a procurar a Beetêxtil e a Heroyz querendo distribuir máscaras entre seus colaboradores e clientes por verem no produto uma alternativa mais em conta e segura no mercado, além de perceberem o impacto social gerado. E com problemas logísticos de entrega de kits em Joinville visto que as costureiras da Beetêxtil passaram a trabalhar de suas casas como forma de manter o isolamento social, foi realizada uma parceria com um aplicativo de motoboys para diminuir o custo do frete na região e garantir entrega rápida à comunidade local.
As encomendas chegaram em um ponto que Jonas se viu obrigado a realizar parcerias com outras empresas do ramo têxtil. “É um momento de união inclusive com concorrentes. Realizei uma parceria com uma fábrica de Blumenau para conseguir honrar a entrega das encomendas que entraram em linha dentro do prazo. Também enxergo esse modo de trabalho como forma de preservar empregos no nosso setor”, relata.
Com o crescimento da demanda, além da Beetêxtil, outras seis empresas do mesmo ramo acabaram de envolvendo no projeto: Ravache Confecção, Aquamires Beach Wear, Zeni Falcão, Amora Confecções e Marlise Confecções, além da Risque e Corte, para o corte das peças.
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